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Reflexologia podal ativa pontos que refletem no corpo
A reflexologia podal é uma técnica milenar que associa diferentes áreas dos pés a órgãos e sistemas do corpo. A partir da estimulação desses pontos, é possível ativar a energia vital, aliviar tensões acumuladas e promover equilíbrio físico e emocional. Mais do que uma simples massagem, a prática funciona como uma ponte entre o toque e o bem-estar, despertando respostas no organismo por meio da conexão com os pés. A técnica se baseia em regiões específicas dos membros inferiores, que concentram tais conexões. “Os dedos estão ligados à cabeça e aos seios da face, enquanto o arco do pé se conecta ao estômago e aos intestinos, e, por fim, o calcanhar, à região pélvica”, explica a massoterapeuta Talyta Gusmão, especializada em terapias integrativas e medicina alternativa. Já a médica Helena Campiglia, especialista em medicina chinesa e medicina integrativa pela University of Arizona, detalha que seis meridianos passam pelos pés: rim, fígado, baço-pâncreas, estômago, vesícula biliar e bexiga. “Esses canais energéticos estão ligados tanto ao funcionamento dos órgãos quanto às emoções. A estimulação ativa o Qi (energia vital) e o sangue, ajudando a desbloquear estagnações e harmonizar o corpo por completo”, afirma. Mapa de reflexologia ajuda Tanto Talyta Gusmão quanto Helena Campiglia sugerem a automassagem como uma forma acessível de cuidado e reconexão. Para que seja aplicada, é possível usar mapas básicos da reflexologia como guias, fazendo pressão leve com os polegares sobre as áreas dos pés. Segundo as profissionais, algumas dicas extras podem ajudar na tarefa: Uso de óleo ou creme natural para facilitar os movimentos; Massagem feita com leveza, em círculos, respeitando os limites do corpo; Mergulho dos pés em água morna com sal grosso ou gengibre por 10 minutos, antes de começar a automassagem; Focar no toque e na respiração consciente; Evitar áreas com varizes, lesões ou sensibilidade alterada; “É um momento de conexão. Os pés sustentam nossa jornada e merecem carinho”, reforça a massoterapeuta. Para ela, cuidar dessa área é também um gesto de presença, “uma forma de despertar a energia vital do nosso eu”. Benefícios e cuidados A prática regular da reflexologia pode trazer diversos benefícios, como melhora da circulação energética, redução da tensão muscular, estímulo ao sistema imunológico e apoio à função dos órgãos internos. Além disso, atua sobre o equilíbrio emocional, já que cada órgão tem relação com sentimentos específicos – por exemplo, o fígado está ligado à raiva; os rins, ao medo; o pulmão; à tristeza e assim por diante. Apesar dos efeitos positivos, a médica Helena Campiglia alerta para contraindicações importantes. A técnica deve ser evitada - ou, no mínimo, adaptada - nos seguintes casos: Presença de lesões, infecções ou feridas abertas nos pés; Febre alta, estados infecciosos ou quadro de debilidade intensa; Gravidez no primeiro trimestre, especialmente em pontos que estimulam contrações; Alterações de sensibilidade nos pés, como neuropatias.
O que causa rachaduras nos pés?
As rachaduras nos pés tem várias causas. Pode ser o calor, pode ser o frio e até a idade. Mostramos aqui como cuidar bem do seu pé para que as rachaduras, principalmente aquelas no calcanhar, não te incomodem. De vez em quando, a pele do calcanhar resseca, e começam a aparecer pequenas fissuras ou rachaduras nos pés. Se elas não forem tratadas, podem não só ficar doloridas como servir de porta de entrada para bactérias e fungos que causam infecções e outras doenças. “A planta do pé não tem glândulas sebáceas; então, ela não tem essa gordura que, em outras partes do corpo, se mistura ao suor para formar a emulsão que faz a hidratação natural da pele”, explica Armando Bega, podólogo responsável pelo Instituto Científico de Podologia, presidente da Associação Brasileira de Podólogos e especialista em Podiatria. Ele explica que, sem essa hidratação natural, as células da pele do pé não possuem aderência entre elas; por isso se separam umas das outras, causando fissuras. No calor, essas rachaduras aparecem quando usamos calçados abertos (como chinelos e sandálias) durante muito tempo ou andamos descalços. Já o frio, o banho quente e o tempo seco colaboram para que essa pele rache. Além disso, o calcanhar pode rachar se você tiver hipotireoidismo, pé de atleta e esporão de calcanhar. “Outros fatores, como as mudanças hormonais na menopausa, que deixam a pele mais seca, o diabetes e o envelhecimento, colaboram para esse ressecamento. São casos que pedem cuidado redobrado”, afirma Rosangela Schwarz, enfermeira habilitada em Podiatria e membro da diretoria da Associação Brasileira de Enfermeiros Podiatras (ABENPO). Como evitar as rachaduras nos pés A primeira dica é: beba água. “Não adianta nada passar hidratante se o corpo não estiver bem hidratado”, alerta Schwarz. “As rachaduras vão continuar acontecendo por falta de hidratação.” Se o corpo já está bem hidratado, a segunda dica é aplicar, todo dia, um hidratante específico para os pés. “Esse creme ajuda especialmente a planta do pé a não perder água em excesso”, comenta Bega. A aplicação do hidratante deve ser feita logo depois do banho, pois a pele estará melhor preparada para recebê-lo do que se estiver seca. “A pele do pé é diferente da do restante do corpo, especialmente na sola e no calcanhar, onde ela é mais espessa para ser uma proteção. Por isso, essa área é mais resistente a absorver o que vem de fora, como um hidratante. Isso faz com que a gente precise preparar essa pele para receber o creme”, explica Schwarz. Na hora de passar o hidratante, não aplique entre os dedos do pé. Como a pele dessa área é mais fina e essa é uma região muito úmida, reforçar a hidratação pode fazer a pele rachar e causar problemas como frieiras e outras infecções. “Se for usar sandálias ou chinelos, é importante estar com o pé bem hidratado”, acrescenta Bega. O que fazer ao ver sinais de rachaduras? Fique de olho: se a pele do calcanhar começar a ficar enrugada, é um sinal de que a pele pode rachar, avisa a enfermeira podiatra. Para melhorar a hidratação do calcanhar, ela recomenda fazer esfoliação uma vez por semana, um processo que ajuda a quebrar a barreira de queratina e prepara a pele para a hidratação. “Passe o esfoliante na pele seca e massageie a área do calcanhar para retirar as células mortas. Tome banho só depois: fazer a esfoliação no banho não é tão eficiente”, explica. Ao perceber que o calcanhar está ficando ressecado, procure proteger mais essa área, usando meias e calçados e reduzindo o uso de sandálias e chinelos, que podem agravar essa falta de hidratação. E, se o problema se agravar, procure um(a) enfermeiro(a) podiatra para avaliar e tratar a lesão, pois as fissuras são finas por fora, mas bem profundas por dentro. “Algumas são tão profundas que sangram. E elas podem ser porta de entrada para fungos e bactérias”, finaliza Bega.
O que é neuropatia periférica?
Neuropatia periférica é uma condição que afeta os nervos periféricos. Os nervos periféricos são responsáveis pela comunicação entre o sistema nervoso central e o restante do corpo, incluindo os músculos, a pele e os órgãos internos. Essa condição ocorre quando um ou mais nervos são danificados, o que pode causar uma variedade de sintomas. Sintomas da neuropatia periférica Dormência ou sensação de formigamento, especialmente nas mãos e pés. Dor nas extremidades, que pode ser descrita como uma sensação de queimação ou choque. Fraqueza muscular. Dificuldade em coordenar os movimentos ou manter o equilíbrio. Causas da neuropatia As causas podem ser variadas e incluem: Diabetes mellitus (uma das causas mais comuns). Alcoolismo. Infecções (como HIV ou herpes zóster). Deficiência de vitaminas, como a vitamina B12. Lesões físicas nos nervos. Exposição a substâncias tóxicas (por exemplo, certos medicamentos, produtos químicos industriais). Doenças autoimunes ou inflamatórias, como lúpus ou artrite reumatoide. O tratamento da neuropatia periférica depende da causa subjacente e pode incluir medicamentos para aliviar a dor, terapias físicas, mudanças na dieta e controle de condições médicas associadas, como diabetes.
A Geração Z e o que ela pensa sobre os esportes
Com hábitos de vida cada vez mais ligados à tecnologia, a Geração Z, formada por quem nasceu entre 1997 e 2012, aproximadamente, tem mostrado comportamentos diferentes em relação à prática de esportes. Se por um lado há novas formas de engajamento, por outro, os desafios para combater o sedentarismo e incentivar a atividade física também aumentaram, mas de um jeito menos convencional. A verdade é que o interesse dos jovens por esportes tradicionais vem diminuindo, segundo Thiago Ferreira, coordenador do curso de Educação Física da Universidade FMU. “Eles preferem atividades mais flexíveis, que permitam a expressão pessoal. Valorizar a experiência pesa mais do que a competição”, analisa. Assim, modalidades alternativas como dança, lutas, skate, parkour, funcional e yoga estão em alta entre os jovens. Essa percepção é reforçada pelo professor Cesar Miguel Momesso, também da FMU. Ele destaca que, embora a geração valorize a saúde, o tempo dedicado à prática esportiva caiu consideravelmente nos últimos anos. “A média semanal de atividade física gira em torno de 106 minutos, muito abaixo dos 300 minutos recomendados. Já o tempo de tela chega a quase 400 minutos por dia”, alerta. O que move a Geração Z a praticar esportes De acordo com Thiago Ferreira, vários fatores motivam a gen-Z a se exercitar: Estética corporal e cuidado com a saúde mental; Socialização e sensação de pertencimento; Busca por diversão e prazer; Engajamento tecnológico associado às práticas físicas. A influência da tecnologia, aliás, é um ponto que merece atenção. “Pode ser uma grande aliada, com aplicativos fitness, vídeos motivacionais e dispositivos de monitoramento. Mas o uso excessivo de telas é um risco real para o sedentarismo”, diz o profissional. Impacto do digital na saúde física Para Cesar Miguel Momesso, o estilo de vida conectado tem consequências claras no desempenho físico dos jovens. A inatividade favorece o surgimento de doenças crônicas, como diabetes tipo 2 e hipertensão, por exemplo, além de impactar o desenvolvimento cognitivo e social. “Outro problema recorrente são as posturas inadequadas, consequência do uso prolongado de dispositivos eletrônicos”, acrescenta, pensando também nos impactos físicos da exposição tecnológica. Thiago Ferreira lembra ainda que, entre 2009 e 2019, o número de adolescentes brasileiros considerados ativos caiu pela metade - entre as meninas, os índices são ainda mais preocupantes, com menos de 50 minutos semanais delas dedicados à atividade física. Como engajar os jovens nos esportes? O coordenador destaca algumas estratégias que têm dado resultados: Gamificação de treinos, transformando a prática esportiva em desafios lúdicos; Uso de redes sociais para divulgar metas, conquistas e criar senso de comunidade; Ambientes acolhedores, inclusivos e diversos; Estímulo à autonomia e escolha de modalidades alinhadas aos interesses pessoais. Desse modo, a tecnologia, quando usada de forma inteligente, também é uma aliada. Aplicativos de monitoramento, plataformas de aulas online, conteúdos interativos e presença ativa nas redes ajudam a aproximar os jovens da prática esportiva. O docente Cesar Miguel Momesso completa que, para atrair a gen-Z, escolas e academias precisam adotar novas abordagens, como: Investir em treinos mais curtos e dinâmicos, que se encaixem nas rotinas corridas; Oferecer opções que combinem treino físico e bem-estar mental, como yoga e mindfulness; Criar espaços de convivência e promover a socialização antes e depois das atividades. Além disso, ele reforça que a educação física escolar também precisa ser repensada. A diminuição da carga horária e a mudança de foco para temas interdisciplinares podem contribuir para a queda no nível de atividade entre adolescentes, por exemplo. Mais atividades, mais pertencimento Outro fator importante para conquistar a Geração Z é o senso de pertencimento. Thiago explica que os jovens se engajam mais quando sentem que fazem parte de algo maior. “Eventos em grupo, desafios e competições saudáveis ajudam a manter a motivação em alta”, afirma. Para ele, mostrar o impacto positivo da atividade física não só na estética, mas também na saúde mental e no bem-estar, é um caminho eficaz para engajar essa geração tão conectada e exigente.
Escalda-pés alivia inchaço e retenção no calor
Se nos dias de altas temperaturas o calor provoca a dilatação dos vasos sanguíneos e facilita o acúmulo de líquidos nas extremidades, homens e mulheres acabam sofrendo com pés e tornozelos mais pesados e inchados. A situação desconfortante pode ser resolvida, ou, pelo menos, amenizada, com alguns cuidados até que relativamente simples, como um escalda-pés em casa. A cosmetóloga Raquel Venancio, especialista em Ciências da Pele e Cosmetologia Avançada, defende que a técnica de manter os pés em água com alguns ingredientes específicos vai muito além do relaxamento. “A imersão em água morna estimula a circulação, melhora o retorno venoso e favorece a drenagem linfática. O resultado é uma sensação imediata de leveza e bem-estar”, afirma. A clínica geral Márcia Umbelino, por sua vez, complementa que o calor controlado também tem efeito terapêutico. “Ao dilatar os vasos, o escalda-pés melhora a oxigenação dos tecidos e o funcionamento das células de reparação”, diz. Monitorar a temperatura é importante, visto que existe um risco de queimaduras, sobretudo em pacientes diabéticos ou com sensibilidade reduzida. Ingredientes que potencializam os efeitos A cosmetóloga Raquel explica que o segredo do escalda-pés está na escolha dos ingredientes, capazes de transformar o ritual em um verdadeiro tratamento. Alguns dos mais indicados para estimular a circulação e aliviar o inchaço são: Sal grosso: rico em minerais, ajuda a eliminar líquidos e toxinas; Alecrim: tem ação estimulante e vasodilatadora leve, facilitando o retorno venoso; Hortelã-pimenta: seu mentol ativa a microcirculação e traz sensação refrescante; Lavanda: atua como calmante cutâneo e reduz a tensão muscular; Castanha-da-índia: favorece a permeabilidade capilar e o alívio de pernas cansadas. Importante: é necessário ter certeza de que a pessoa não seja alérgica a nenhum dos insumos antes de colocá-los em contato com a pele. O que é importante saber Como a temperatura da água faz toda a diferença no resultado esperado para o escalda-pés, em dias quentes, a cosmetóloga recomenda o uso de água morna a fria, entre 28 °C e 35 °C. “Se a água for mais quente, pode agravar a vasodilatação e aumentar o edema, enquanto a água morna relaxa sem sobrecarregar a circulação”, orienta. A profissional ainda indica que o escalda-pés pode ser feito duas a três vezes por semana, por cerca de 15 a 20 minutos. Para evitar o ressecamento da pele, é essencial hidratar os pés após o procedimento com cremes ricos em manteigas vegetais e óleos nutritivos. Receitas refrescantes para o verão Com o calor batendo à porta, nada melhor do que aprender alguns escalda-pés para aliviar o inchaço dos pés e das pernas, relaxar e ainda se refrescar. O modo de preparo é simples: misturar todos os ingredientes na água e afundar os pés. Pode-se usar ofurôs próprios para a experiência ou baldes e bacias, desde que estejam higienizados. Aprenda algumas as receitas recomendadas pela especialista: Escalda-pés drenante e refrescante Alivia o cansaço e proporciona sensação imediata de leveza. 2 colheres (sopa) de sal grosso 5 gotas de óleo essencial de hortelã-pimenta (diluídas em óleo vegetal) 1 punhado de folhas frescas de alecrim Água morna a fria Escalda-pés relaxante pós-dia quente Reduz a tensão muscular e acalma os pés após longos períodos em pé. 2 colheres (sopa) de sal de Epsom (sal amargo) 4 gotas de óleo essencial de lavanda (diluídas em óleo vegetal) 1 colher (sopa) de camomila seca Escalda-pés para pernas pesadas Estimula a circulação e ajuda a combater o edema. 2 colheres (sopa) de argila verde 3 gotas de óleo essencial de cipreste (diluídas em óleo vegetal) 1 colher (sopa) de extrato de castanha-da-índia É importantíssimo diluir os óleos essenciais em óleo vegetal, como amêndoas ou semente de uva, antes de adicioná-los à água. Cuidados e contraindicações Embora seja um cuidado simples, em alguns casos, o escalda-pés exige atenção. A médica Márcia Umbelino destaca que pacientes diabéticos, hipertensos descontrolados ou com feridas nos pés devem evitar o procedimento, sobretudo sem orientação e indicação profissional. “Em pessoas com neuropatia diabética, a sensibilidade é reduzida e há risco de queimaduras. E o calor excessivo ainda pode dificultar o retorno venoso em quem sofre com problemas circulatórios”, alerta a médica.
Pé inchado: o que pode ser e como tratar?
O inchaço nos pés, também conhecido como edema, é um problema comum que pode ter diferentes causas – desde fatores simples, como ficar muito tempo em pé ou sentado, até condições mais sérias, ligadas ao coração e às veias e circulação. Segundo o cirurgião vascular e angiologista Eduardo Toledo de Aguiar, professor de cirurgia vascular da USP, o inchaço ocorre principalmente em razão do acúmulo de líquido no espaço entre as células, sendo mais frequente nos membros inferiores por conta da gravidade. Existem muitos fatores que podem deixar os pés inchados e as pernas com edema, e o especialista elenca algumas das causas mais comuns. Causas mais comuns Insuficiência venosa crônica, ou seja, dificuldade das veias em retornar o sangue ao coração, que causa acúmulo de líquido nos membros inferiores; Retenção de líquidos, provocada por ingestão excessiva de sódio, desequilíbrios hormonais ou uso de medicamentos como anti-hipertensivos; Gravidez, já que o aumento do volume sanguíneo e a compressão de veias abdominais pelo útero contribuem para o edema; Problemas cardíacos, renais ou hepáticos, que são condições que afetam o equilíbrio de líquidos no corpo; Linfedema, a intercorrência no sistema linfático, que pode ser congênita ou surgir após cirurgias, infecções ou traumas. Trombose venosa profunda (TVP), uma formação de coágulos nas veias profundas, causando inchaço, dor e vermelhidão. Fatores mecânicos ou posturais, uma vez que longos períodos sentado, viagens prolongadas e uso de calçados inadequados dificultam a circulação e resultam em inchaço temporário. Quando pé inchado é sinal de algo mais grave Embora o inchaço nos pés possa ser ocasional e inofensivo, o sintoma também pode acender o alerta para algo mais sério. Por isso, é fundamental estar de olho a outros sinais associados, como: Dor intensa ou sensação de peso: são comuns na insuficiência venosa e TVP. Vermelhidão ou calor local: podem indicar inflamação ou infecção. Alterações na cor da pele: escurecimento crônico pode ser um sinal de insuficiência venosa avançada. Úlceras ou feridas: surgem em estágios mais graves de problemas circulatórios. Dispneia ou cansaço extremo: indicativos de edema generalizado, como na insuficiência cardíaca. “Se o inchaço for persistente, doloroso ou acompanhado de outros sintomas, é fundamental procurar um médico para avaliação”, reforça o cirurgião Eduardo Toledo de Aguiar. Grupos mais propensos ao inchaço nos pés Algumas pessoas têm maior predisposição a ter pés inchados, portanto, devem redobrar os cuidados e a atenção. O especialista médico destaca os seguintes grupos: Idosos, uma vez que sua circulação sanguínea já é menos eficiente; Gestantes, devido ao aumento do volume sanguíneo e das alterações hormonais típicas da gestação; Obesos, pois o excesso de peso sobrecarrega os sistemas venoso e linfático; Indivíduos sedentários ou imobilizados, pois a falta de movimentação dificulta o retorno venoso; Pacientes com doenças crônicas, como insuficiência cardíaca, renal ou hepática. Prevenção e tratamento Para evitar ou aliviar o inchaço nos pés, adotar hábitos saudáveis e medidas simples são os dois caminhos mais recomendados e efetivos. Isso porque, juntos, conseguem tratar ou melhorar a maioria das condições causadoras do edema. Desse modo, o vascular indica: Para prevenir Movimente-se regularmente: evite ficar muito tempo em pé ou sentado; faça pequenas caminhadas ao longo do dia; Eleve os pés: sempre que possível, coloque os pés em um nível acima do coração para facilitar o retorno venoso; Opte por calçados adequados: prefira os confortáveis e que não apertam os pés; Controle o peso e a dieta: reduza o consumo de sódio e mantenha uma alimentação equilibrada. Use meias de compressão: são recomendadas em casos de insuficiência venosa, pois ajudam no retorno do sangue ao coração. Para tratar Drenagens linfáticas manuais: técnica é indicada para linfedema e retenção de líquidos; Medicamentos sob prescrição: podem ser receitados diuréticos, por exemplo; Terapias avançadas: no caso de linfedema, a terapia linfática combina exercícios, drenagem, dieta e medicamentos; Cuidados direcionados: insuficiência venosa, trombose e condições cardíacas ou renais exigem tratamentos específicos. “Além de tratar o inchaço, é crucial investigar e tratar a causa subjacente. Muitas vezes, o edema é apenas o sintoma de um problema maior”, finaliza o angiologista, que ressalta a importância da indicação, orientação e acompanhamento médico.