Conheça o Universo do Pé
Como é o pé de quem tem neuropatia?
Quando se tem neuropatia periférica, especialmente nas extremidades como os pés, é essencial tomar cuidados específicos para evitar complicações, como lesões e infecções, já que a sensação de dor, formigamento ou dormência pode dificultar a percepção de ferimentos ou outros problemas. Cuidados com os pés quando se tem neuropatia periférica 1. Inspeção Diária dos Pés Verifique os pés todos os dias, especialmente se você tiver dormência ou perda de sensação. Isso ajuda a identificar qualquer ferimento, bolha, calo ou infecção antes que se tornem problemas sérios. Use uma lupa ou peça para alguém inspecionar a parte inferior dos pés, entre os dedos e outras áreas difíceis de ver. 2. Hidratação da Pele A pele seca pode rachar e se tornar suscetível a infecções. Use cremes ou loções hidratantes, mas evite aplicar entre os dedos, onde o excesso de umidade pode causar infecções fúngicas. 3. Escolher Calçados Adequados Use sapatos confortáveis que não apertem, que ofereçam bom suporte e que sejam adequados ao formato dos seus pés. Evite andar descalço, especialmente em superfícies duras ou irregulares, para prevenir ferimentos não percebidos. Meias devem ser de materiais que permitam a circulação de ar e não causem atrito, como as de algodão ou especiais para diabéticos. 4. Cuidado com Calos e Calosidades Evite cortar ou remover calos e calosidades sozinhos, pois isso pode causar feridas e infecções. Consulte um médico ou podólogo para orientações. Use almofadas ou protetores de calos para reduzir a pressão nas áreas afetadas. 5. Manter o Controle das Condições Subjacentes Se a neuropatia for causada por diabetes, controle rigorosamente os níveis de glicose no sangue, pois níveis elevados de açúcar podem agravar a neuropatia e aumentar o risco de infecções nos pés. Consulte regularmente um médico para monitorar a evolução da neuropatia e tratar qualquer complicação que possa surgir. 6. Evitar Fumar O tabagismo pode piorar a circulação sanguínea, o que é prejudicial para pessoas com neuropatia periférica. Tente parar de fumar para ajudar a manter a saúde dos seus pés. 7. Exercícios e Circulação Se possível, movimente-se regularmente para melhorar a circulação sanguínea nos pés. Exercícios leves como caminhar ou alongamentos podem ajudar. Evite longos períodos de inatividade, como ficar sentado ou deitado por muitas horas. 8. Consultar um Profissional de Saúde Se houver sinais de infecção, como vermelhidão, inchaço, secreção ou dor, procure ajuda médica imediatamente. O acompanhamento com um podólogo especializado pode ser muito útil, pois ele pode fazer o cuidado adequado dos pés e ajudar a evitar problemas mais sérios. Manter esses cuidados diários é crucial para prevenir complicações graves, como úlceras nos pés, que podem resultar em infecções ou até mesmo amputações, caso não sejam tratadas adequadamente.
5 diferenças entre pés de bebês, crianças e adultos
Eles carregam o corpo, equilibram o movimento e garantem nossa mobilidade ao longo da vida. Mas se engana quem pensa que os pés nascem “prontos”. A estrutura podal passa por mudanças intensas desde o nascimento até a velhice e entender essas transformações é essencial para prevenir problemas e garantir um desenvolvimento saudável. Carlos Daniel de Castro, ortopedista da Rede de Hospitais São Camilo, pontua que há muitas diferenças ao longo do desenvolvimento. "Nos primeiros meses, o pé é cheio de gordura, muito flexível e ainda cartilaginoso. Com o tempo, há a ossificação, quando o tecido ósseo se forma e endurece, os arcos se formam e a estrutura se torna mais rígida e funcional", exemplifica. A podóloga Marcia Albo lembra que, além da estrutura óssea, a pele e as unhas mudam bastante com o passar dos anos. "A pele do bebê é fina e sensível, enquanto a do adulto é mais resistente. Já as unhas começam fininhas e frágeis, e vão se tornando mais espessas com o tempo", diz. Diferenças principais entre os pés Para entender melhor, especialistas listam as principais mudanças entre as fases, do nascimento à fase adulta. 1. Tamanho e proporção Bebês têm pés pequenos e proporcionais ao seu corpo. À medida que a criança cresce, os pés se desenvolvem rapidamente até atingirem o tamanho definitivo na vida adulta. 2. Estrutura óssea O pé de um bebê é composto por ossos ainda cartilaginosos. Durante a infância, ocorre a ossificação - processo de endurecimento ósseo -, que se completa na adolescência. Na terceira idade, tem-se menos flexibilidade e mais rigidez. 3. Desenvolvimento do arco plantar O famoso "arco do pé" (a curvinha) é ausente nos bebês e começa a se formar por volta dos 3 anos, completando-se até os 6 a 8 anos. 4. Gordura e almofadamento A camada de gordura plantar dos bebês é espessa e protege as articulações. Com o crescimento, essa camada diminui e dá lugar a músculos mais firmes. Na velhice, pode ocorrer perda da gordura e aumentar o risco de problemas. 5. Função e suporte Enquanto o pé do bebê serve para apoio e equilíbrio, o da criança sustenta corridas e saltos. No adulto, a estrutura escora todo o peso corporal em atividades de maior impacto. Enquanto isso, os idosos podem ter problemas de coordenação ao perderem a sensibilidade da região. Quando ocorrem as maiores mudanças De acordo com o ortopedista, os períodos mais delicados vão do nascimento até os 6 anos: até os 3, há a formação do arco e início da ossificação e, depois, ocorre o fortalecimento muscular e ligamentar. Nessa fase, o uso de calçados adequados e o estímulo para andar descalço em superfícies seguras fazem diferença. "Andar descalço fortalece os músculos e ajuda no alinhamento postural", reforça a podóloga Márcia. Na vida adulta, os pés já estão plenamente ossificados e definidos. No entanto, exigem cuidados constantes, como o uso de calçados adequados, hidratação e corte correto das unhas. Com o envelhecimento, podem surgir rigidez, perda de gordura plantar e condições como artrite e fascite plantar. "Ao envelhecer, também é comum a perda de sensibilidade nos pés, o que impacta no equilíbrio e na coordenação. Por isso, o acompanhamento profissional é essencial em todas as fases", reforça o médico. O que merece atenção Algumas alterações no formato dos pés podem sinalizar condições ortopédicas. "É o caso do pé torto congênito, pé plano acentuado, pé varo ou valgo, e metatarso aduto", cita Carlos Daniel. Por isso, pais e cuidadores devem observar se a criança apresenta um passo diferente ou calosidades, vermelhidão e unhas encravadas com frequência. Aliás, sabia que bebês podem ser atendidos por um podólogo a partir dos primeiros passos? A visita é indicada especialmente se houver sinais de desconforto, alterações nas unhas ou no caminhar. "Quanto mais cedo a intervenção, maior a chance de evitar problemas futuros", orienta a profissional. Para garantir pés saudáveis ao longo da vida, os especialistas recomendam: Observar mudanças no formato ou na forma de andar; Evitar calçados apertados ou com solado rígido; Estimular o uso de calçados anatômicos e confortáveis; Manter os pés limpos e secos, principalmente entre os dedos; Estimular a atividade física para fortalecer a musculatura.
Os cuidados com os pés são diferentes para homens e mulheres?
Será que a rotina de cuidado com os pés deve ser diferente para homens e mulheres? Em geral, todo mundo tem que lavar os pés no banho (e secar bem), passar desodorante, hidratante… Mas, em alguns casos específicos, é preciso reforçar um desses cuidados. Um exemplo: os homens costumam suar mais no pé, o que pode causar problemas como o mau odor e as frieiras. “O homem produz mais testosterona, o que estimula as glândulas sudoríparas a produzir mais suor. Além disso, nos homens essas glândulas se concentram mais na região dos pés”, explica Rosangela Schwarz, enfermeira habilitada em Podiatria e membro da diretoria da Associação Brasileira de Enfermeiros Podiatras (ABENPO). A transpiração também pode ser um problema para as mulheres que costumam usar meias sintéticas, finas, em geral com sapatos também feitos de materiais sintéticos que não absorvem o suor e aumentam a umidade nos pés. Ou que praticam atividades físicas intensas, como corrida e futebol. “Como prevenção para homens e mulheres, ficam as dicas de secar bem entre os dedos, usar meias de algodão, calçados de materiais não sintéticos e o desodorante para os pés”, completa Armando Bega, podólogo responsável pelo Instituto Científico de Podologia, presidente da Associação Brasileira de Podólogos e especialista em Podiatria. Cuidados na gravidez Os hormônios também podem fazer algumas mulheres suar mais nos pés. Nas gestantes, a alteração hormonal favorece essa sudorese, explica Renato Butsher Cruz, docente do curso técnico em Podologia do Senac Osasco. “Para evitar a bromidrose, o famoso mau odor, elas devem ter cuidados redobrados com a higienização diária e usar produtos antissépticos que diminuam a transpiração nos pés.” Além disso, na gestação, pode haver mais inchaço na parte inferior das pernas e dos pés. “Nesse caso, é preciso usar meias elásticas de suave compressão para prevenir o edema e calçados mais confortáveis e macios”, diz Schwarz. Cuidados com os pés ao usar sandálias Pensando nos hábitos de cada um, a diferença no tipo de calçado preferido também pode requerer alguns cuidados especiais. “As mulheres usam mais sandálias do que os homens, o que pode ressecar mais os pés”, afirma Schwarz. “Então, elas precisam hidratar mais o pé, fazer esfoliação uma vez por semana para retirar as células mortas e, claro, beber bastante água para manter o corpo hidratado.” Por outro lado, os homens costumam usar mais calçados fechados, seja sapato social ou tênis; por isso, devem ter mais cuidado com a transpiração. “Para reduzir essa umidade, o ideal é usar meias de algodão, que absorvem o suor, e revezar o uso do calçado”, explica a especialista.
O que é o pé diabético e quais são os cuidados essenciais?
Quem tem diabetes precisa caprichar na hidratação e checar os pés todo dia para evitar feridas que prejudiquem sua saúde. Algumas pessoas que têm diabetes podem desenvolver uma condição chamada de “pé diabético”. Isso acontece quando se tem uma ou mais complicações do diabetes, como neuropatia (que afeta o funcionamento dos nervos), circulação reduzida ou deformidades na estrutura do pé. A neuropatia causa uma perda de sensibilidade que não deixa a pessoa sentir dor e desconforto nos pés se tiver uma irritação na pele, que pode virar uma ferida (ou úlcera). “Essa ferida é a uma causa importante de amputação”, alerta a endocrinologista Sharon Nina Admoni, responsável pelo ambulatório de pé diabético do grupo de diabetes do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP e médica do corpo clínico do Hospital Sírio-Libanês. Já a doença vascular reduz a circulação nas pernas e nos pés devido ao acúmulo de placas de gordura na parede das artérias, dificultando a cicatrização de feridas e piorando o inchaço. E a deformidade dos pés, combinada com a neuropatia e/ou a diminuição da circulação, pode levar ao desenvolvimento de uma ferida que pode ter graves consequências. “Essa ulceração é mais comum na planta do pé. Se não for tratada, pode destruir os tecidos mais profundos, levando à amputação”, explica Roseanne Montargil Rocha, enfermeira especialista em Estomaterapia e coordenadora do Departamento do Pé Diabético da Sociedade Brasileira de Diabetes. Um sapato apertado, uma pedrinha na meia ou uma pressão sob determinada área do pé, por exemplo, cria uma calosidade. “Por baixo desse calo pode acontecer uma hemorragia, que não é sentida por causa da perda de sensibilidade e dá origem à úlcera, que afeta as camadas por baixo da pele”, diz Admoni. Nesses casos, é preciso consultar um especialista para remover o calo e tratar a lesão ou infecção — e jamais fazer isso em casa. Isso porque, dependendo da seriedade do problema, será preciso debridar a úlcera, ou seja, remover o tecido que necrosou e limpar a lesão para deixar somente a pele e os tecidos saudáveis. Como cuidar do pé diabético Como quem tem pé diabético pode não sentir dor ao se ferir ou ao pisar de maneira diferente por causa de alterações na estrutura do pé, precisa dedicar um tempinho ao cuidado diário com os pés. “Essa inspeção deve ser feita todo dia, especialmente em caso de perda de sensibilidade”, diz Rocha. Para começar essa rotina diária de cuidado, a Sociedade Brasileira de Diabetes recomenda observar a textura da pele e ver se algum ponto está mais áspero ou ressecado —especialmente no calcanhar— e se há calosidades, vermelhidão, inchaço, rachaduras na pele ou aumento da temperatura, que podem ser indícios de uma infecção. Na rotina de cuidado, também é importante afastar os dedos dos pés para procurar feridas ou um aspecto esbranquiçado na pele, que pode sinalizar a presença de micoses (como as frieiras). E, claro, manter os hábitos de higiene, como lavar e secar bem os pés e, principalmente, aplicar hidratante específico para eles. “A neuropatia deixa o pé mais ressecado, mais propenso a ter rachaduras e fissuras”, afirma Admoni. Uma vez por semana, é bom fazer uma esfoliação nos pés. Os esfoliantes removem as células mortas da superfície da pele e estimulam sua renovação, além de preparar a pele para absorver melhor o hidratante. Quem tem pé diabético precisa de calçados especiais? Outra recomendação importante é nunca andar com os pés descalços, especialmente quem tem neuropatia, porque isso aumenta as chances de machucar os pés sem perceber e pode causar úlceras. Os calçados devem estar na medida certa: nem muito apertados nem muito largos, para não causar bolhas e outras feridas por causa do atrito. “O calçado inadequado é a principal causa externa das ulcerações no pé”, afirma Rocha. Além disso, deve ter um solado rígido. “Assim, ele organiza o caminhar e distribui de maneira melhor as pressões sobre os pés”, completa Admoni. “Também é importante, especialmente para quem tem neuropatia, que o calçado tenha um contraforte. É aquela estrutura na parte do calcanhar, para que o pé não escorregue.” Para não machucar o pé, escolha calçados sem costuras internas ou rebarbas e feitos de materiais macios. Com eles, é bom usar meias de algodão, também sem costuras, e de preferência claras, que “denunciam” se houver algum machucado. Se a meia tiver costuras, o melhor é usá-la do avesso. 5 dicas para a saúde do pé Verifique sempre a glicemia para mantê-la sob controle; Inspecione seus pés diariamente para ver se existe alguma lesão, inchaço ou aumento de temperatura; Aplique hidratante todo dia para melhorar a qualidade da pele; Use calçados adequados, de solado rígido, para dar apoio aos pés; Se descobrir alguma lesão, procure auxílio médico — não tente tratar em casa.
Tesoura, alicate ou cortador: com qual cortar as unhas?
Cortar as unhas dos pés parece simples, mas exige atenção. Usar o instrumento errado ou adotar o formato inadequado pode causar problemas futuros muito sérios, como inflamações, cortes, unhas encravadas e até infecções. É por isso que existe uma maneira correta de cuidar das unhas e mesmo ferramentas mais indicadas. Para a podóloga Ivanilda de Assis, a melhor escolha é o alicate de corte. “Ele oferece mais precisão e controle. Ao contrário da tesoura, que costuma escorregar, e do cortador, que não tem o ajuste adequado ao formato da unha, o alicate permite um corte seguro e mais eficiente”, explica. A escolha do instrumento deve considerar também o tipo de unha. Embora o alicate seja sempre a opção mais segura, para unhas mais grossas ou encravadas, o acessório precisa estar bem afiado e ser resistente, conforme recomenda a especialista. Riscos de cortar errado Entre os erros mais comuns cometidos por pessoas que optam por cortar a unha em casa estão: Cortar as unhas muito curtas, principalmente nos cantos; Arredondar o formato, o que favorece o encravamento; Usar instrumentos inadequados ou mal higienizados; “Cavar” os cantos, o que pode provocar feridas e inflamações. A podóloga Ivanilda de Assis orienta que o corte deve ser sempre reto, sem remover demais os cantos, e mantendo uma pequena borda livre - ou seja, aquela parte da unha que vai além do dedo e não encosta na pele. “Isso evita que a unha penetre na pele conforme cresce, reduzindo o risco de encravar”, ressalta. Cuidados com os instrumentos Para garantir segurança, os instrumentos usados no corte das unhas precisam ser devidamente higienizados. O processo correto envolve: Lavagem com água e detergente enzimático; Aplicação de álcool 70%; Esterilização em autoclave, especialmente no caso de uso profissional. O ideal é que cada pessoa tenha seus próprios utensílios e jamais compartilhe alicates ou cortadores. Já em estabelecimentos comerciais, é obrigatório que os itens passem por processo de esterilização. Se notar que o local não toma esse tipo de cuidado, é melhor procurar outro lugar para esse procedimento. Atenção redobrada Pessoas com problemas de visão, dificuldades motoras ou doenças como diabetes não devem cortar as próprias unhas. “É essencial procurar um podólogo ou um pedicure qualificado. Cortes errados podem causar feridas que passam despercebidas e evoluem para quadros mais graves”, alerta Ivanilda. Além disso, o acompanhamento com um podólogo deve ser prioridade para quem: Sente dor nos cantos das unhas; Sofre com unhas encravadas; Apresenta unhas muito grossas ou deformadas; Não consegue avaliar ou alcançar os próprios pés com facilidade; Deseja manter uma rotina preventiva de cuidado. Lembre-se que, mesmo parecendo uma tarefa cotidiana e simples, o corte inadequado das unhas pode trazer sérias consequências.
Fascite plantar: exercícios e produtos aliviam a dor
Quando dores persistentes no pé sinalizam a chance de ser fascite plantar vale lembrar que existem produtos e exercícios que podem aliviar esse incômodo. Sentir dores nos pés está longe de ser incomum. Passar horas em pé, usar calçados inadequados e fazer esforço demais são atitudes corriqueiras, principalmente na correria do dia a dia, que podem causar o desconforto. No entanto, dores persistentes acendem o sinal para algo mais sério. "Trata-se de uma inflamação da fáscia plantar, uma membrana fibrosa que conecta o calcanhar aos dedos dos pés. Essa estrutura estabiliza o arco do pé e sustenta as estruturas musculares ao caminhar e ficar em pé", explica o fisioterapeuta André Pêgas, da rede de clínicas Doutor Hérnia. Mas calma: tem solução! O primeiro passo ao perceber essa dor é buscar ajuda especializada - no caso, um ortopedista -, que poderá avaliar e confirmar o diagnóstico. A partir daí, o profissional indicará algumas medidas para aliviar o desconforto e, obviamente, tratar o quadro. O encaminhamento à fisioterapia faz parte do tratamento, já que a execução e a repetição de alguns exercícios são partes fundamentais do processo. Por que os exercícios são importantes? Exercícios específicos podem contribuir para a recuperação da fascite plantar, pois estimulam a fáscia plantar, melhorando sua elasticidade, irrigação e o controle postural do arco plantar. "Os exercícios são essenciais para prevenir novas crises, mas é importante evitar atividades físicas intensas na fase inicial da inflamação," reforça Pêgas, especialista em Fisioterapia Traumato Ortopédica e Desportiva. Práticas mais recomendadas Entretanto, não é qualquer série de exercícios que vai resolver a questão da fascite plantar. É preciso ter boas indicações médicas, acompanhamento e supervisão. Entre os mais indicados para melhorar o quadro estão: Elevação e descida na ponta dos pés, para fortalecer a fáscia; Alongamentos dos dedos e tornozelo, que aumentam a flexibilidade e aliviam a pressão; Específicos para o tendão de Aquiles e panturrilhas, já que fortalecem essas estruturas conectadas à fáscia plantar. Existe contraindicação para exercícios? Segundo o fisioterapeuta André Pêgas, nenhum tipo de exercício e alongamento é contraindicado ou vetado para quem sofre com a fascite plantar, mas saber o momento de praticar cada um deles é crucial. Ou seja, nada de se dirigir à academia e tentar resolver a condição por conta própria, porque isso pode acentuar a condição. "Sempre que possível, deve-se evitar exercícios nas fases mais inflamadas e agudas. A prática só deve ser retomada quando a inflamação estiver controlada para evitar o agravamento da dor", esclarece Pêgas. Produtos que aliviam o desconforto Além dos exercícios, palmilhas, almofada plantar e calcanheiras de gel ou de silicone podem reduzir a pressão sobre a fáscia plantar, aliviando o desconforto. O fisioterapeuta também destaca a importância de usar calçados adequados, evitando opções muito duras ou saltos altos, que sobrecarregam a região. Um leve salto pode ajudar, pois eleva o calcanhar e reduz a pressão sobre a fáscia. Já nos casos crônicos, a infiltração de corticoide pode ser uma opção para alívio da dor e inflamação, desde que haja recomendação médica. Vale saber que, caso a fascite evolua para um esporão calcâneo, a cirurgia passa a ser considerada para a remoção do esporão e alívio dos sintomas.