Seja para atletas ou para quem sofre com dores crônicas, as bandagens terapêuticas podem ser aliadas na prevenção e no tratamento de diversas condições nos pés. As faixas adesivas elásticas ajudam a estabilizar articulações, melhorar a circulação e reduzir o desconforto muscular.
Conforme explica o especialista em fisioterapia esportiva Flávio Martins, da Sociedade Nacional de Fisioterapia Esportiva e da Atividade Física (Sonafe), as bandagens são indicadas tanto para prevenção quanto para reabilitação. Entretanto, embora sejam um importante recurso complementar no tratamento, é essencial aplicá-las corretamente e optar por marcas de qualidade para garantir seus benefícios.
“Pacientes com fascite plantar, tendinite do tibial posterior e entorses de tornozelo costumam se beneficiar muito do uso”, afirma. De acordo com ele, as bandagens são um suporte que pode ser combinado com fisioterapia, palmilhas e exercícios específicos para garantir um melhor resultado.
Entre as principais indicações de uso, o profissional destaca:
- Para aliviar dores e desconfortos: ajudam a reduzir tensões musculares e dores nos pés decorrentes de sobrecarga ou condições como fascite plantar.
- Para prevenir lesões: indicadas para corredores, atletas e pessoas com predisposição a problemas nos pés, pois estabilizam as articulações e melhoram a função muscular.
- Para melhorar a circulação: estimulam o fluxo sanguíneo e linfático, auxiliando na recuperação muscular e reduzindo inchaços.
- Como suporte na reabilitação: ajudam em processos de recuperação de tendinites, entorses e outras lesões nos pés.
- Como auxiliar na correção mecânica e postural: fornecem estímulos proprioceptivos – mas não substituem tratamentos específicos; são apenas auxiliares.
Como usar bandagem corretamente
Já sobre o modo de uso das bandagens, Flávio Martins pontua algumas questões importantes:
- Tempo de uso: o recomendado é de 3 a 5 dias, dependendo do tipo de pele e da qualidade da aplicação.
- Aplicação na pele limpa e seca: evita que a bandagem descole rapidamente ou cause irritação.
- Evitar tensão excessiva: o estiramento exagerado pode comprometer a circulação e reduzir a eficácia do produto.
- Remoção em caso de reações adversas: sinais de coceira, vermelhidão ou irritação indicam necessidade de suspender o uso.
Bandagem não substitui tratamento médico
Apesar de eficazes, as bandagens não substituem abordagens mais completas. “Elas são um complemento, não a única solução. Dependendo da condição, o ideal é associar o uso da bandagem com fisioterapia, palmilhas ortopédicas e fortalecimento muscular”, orienta o especialista.
O profissional também destaca que a aplicação correta é essencial. “Algumas técnicas podem ser feitas em casa, mas quando realizada por profissional especializado, garante-se melhor eficácia e evita erros que podem comprometer os benefícios”.
Informação importante: nem todas as pessoas podem usar bandagens terapêuticas. “Pacientes com alergia aos componentes adesivos, problemas circulatórios graves, como trombose venosa profunda, feridas abertas ou infecções na pele devem evitar o uso”, alerta Martins.
No fim das contas, o mais importante é buscar orientação adequada. Isso porque a bandagem pode trazer muitos benefícios, mas precisa ser aplicada com conhecimento.
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Artrite nos pés e tornozelos: saiba identificar e tratar
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O que causa artrose nos pés? Saiba identificar e tratar
A artrose nos pés é o desgaste progressivo das cartilagens que revestem as articulações dessa região, tecidos que funcionam como um “amortecedor natural”, permitindo que os ossos se movam suavemente. Quando sofrem alterações, podem causar dor, rigidez e limitação dos movimentos. A condição pode atingir diferentes articulações do pé, sendo mais comum no dedão (hálux), no meio do pé (mediotársica) ou na articulação subtalar, entre o tornozelo e o pé. “A artrose é um processo crônico, geralmente lento, e está relacionada ao envelhecimento, mas pode surgir mais cedo em pessoas com fatores de risco específicos”, informa o ortopedista Marco Aurélio Neves, da Clínica Movitè, especialista em cirurgia de próteses de quadril e joelho. Principais causas da artrose Mas, afinal, por que uma pessoa desenvolve essa doença? O médico lista os motivos mais importantes: Desgaste natural com a idade; Sobrecarga repetitiva (corridas, esportes de impacto, uso de salto alto); Traumas prévios (entorses, fraturas, lesões mal curadas); Deformidades como joanetes, pés planos ou cavos; Doenças inflamatórias como artrite reumatoide ou gota; Excesso de peso, que aumenta a carga sobre as articulações. Além disso, o histórico familiar e o uso prolongado de calçados inadequados elevam as chances de desenvolver o problema. Sintomas iniciais Os primeiros sinais incluem dor que piora com o uso das articulações e melhora com repouso; rigidez matinal ou após longos períodos parado; e sensação de travamento. Porém, esses não são os únicos sintomas possíveis. O paciente também pode apresentar: Inchaço; Diminuição da mobilidade; Dificuldade para calçar sapatos; Deformidades visíveis nos dedos ou no dorso do pé em fases mais avançadas. “A dor geralmente começa leve e vai se intensificando ao longo do tempo, comprometendo a qualidade de vida”, alerta o ortopedista. Impacto na mobilidade e tratamento Quando não tratada, a artrose pode limitar bastante a capacidade de caminhar, correr ou ficar em pé por muito tempo. Para compensar a dor, a pessoa muda o jeito de andar, sobrecarregando joelhos, quadris e coluna lombar. Não para por aí: o quadro ainda aumenta o risco de quedas, torções e lesões secundárias, principalmente em idosos. De acordo com o especialista, na maioria dos casos, o tratamento começa de forma conservadora, sem cirurgia. Entre as principais opções estão: Uso de calçados mais largos e confortáveis, com bom amortecimento; Palmilhas ortopédicas personalizadas; Fisioterapia e exercícios para fortalecer o pé e o tornozelo; Medicamentos para dor e inflamação; Infiltrações com ácido hialurônico ou corticoide, em casos moderados. A cirurgia só é indicada quando a dor se torna incapacitante e o tratamento clínico não funciona mais. “Os procedimentos variam conforme a articulação afetada e podem ir desde pequenas correções ósseas até artrodeses (fusões) ou mesmo próteses em casos mais raros”, detalha Marco Aurélio. Cuidados diários são importantes Vale saber também que alguns hábitos simples podem retardar a evolução da artrose ou reduzir seus sintomas, incluindo o seguinte: Manter o peso sob controle; Usar calçados adequados, com suporte e sem salto alto; Evitar longos períodos em pé ou caminhadas extenuantes em superfícies duras; Alongar e fortalecer os pés regularmente; Evitar esportes de alto impacto quando houver dor; Procurar um ortopedista nos primeiros sinais de desconforto. “A artrose não tem cura, mas tem tratamento e controle. Quanto mais cedo for diagnosticada, maior a chance de evitar cirurgias e manter a qualidade de vida”, garante o médico. Marco Aurélio Neves ressalta que “o pé, muitas vezes negligenciado, é a base da nossa mobilidade e cuidar dele é cuidar da nossa liberdade”. “Viver com dor não é normal.”
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