A canelite, também conhecida no meio médico como síndrome do estresse tibial medial, é uma dor que aparece na parte frontal ou interna da canela. O problema surge quando os ossos, músculos e tendões desta região são sobrecarregados de forma repetitiva, especialmente durante atividades físicas. Palmilhas podem ser opções para ajudar no problema.
A canelite pode ser causada por fatores como aumento rápido na intensidade dos treinos, calçados inadequados ou impacto constante em superfícies muito duras.
“O quadro é um alerta do corpo sobre excesso de demanda. É importante não ignorar esse sinal para evitar complicações mais graves”, destaca o ortopedista Luiz Holanda, membro da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia – Regional Ceará (SBOT-CE), e especialista da Associação Brasileira de Medicina e Cirurgia do Tornozelo e Pé (ABTPé).
Quem tem mais riscos
Embora qualquer pessoa possa desenvolver a condição, alguns grupos têm maior predisposição à canelite. O médico Luiz Holanda observa que isso acontece porque certos esportes ou rotinas exigem mais das pernas e aumentam o impacto sobre a canela. Alguns grupos mais afetados são:
- Corredores, principalmente iniciantes ou aqueles que aumentam o volume de treino rapidamente;
- Militares, devido ao ritmo intenso de atividades;
- Dançarinos e praticantes de esportes com saltos frequentes, como basquete e vôlei.
Sendo assim, indivíduos com sobrecarga repetitiva podem experimentar a dor, especialmente quando há distribuição inadequada de forças durante os movimentos.
Palmilhas atuam na prevenção
As palmilhas são ferramentas que ajudam a melhorar a distribuição da carga e a adaptação da pisada, tornando os movimentos mais equilibrados. Também oferecem amortecimento adicional, diminuindo o impacto nas articulações.
“Mas nem todos os pacientes com canelite precisam usar palmilhas. A indicação é mais precisa para pessoas com alterações nos pés, como pés planos ou cavos, que contribuem para o surgimento da dor”, explica Luiz.
É importante saber que existem diversos modelos de palmilhas no mercado. Justamente por isso, a escolha depende do grau da alteração nos pés e deve ser feita sempre com orientação médica. As mais utilizadas são:
- Genéricas ou pré-moldadas: encontradas em lojas, oferecem alívio leve e conforto básico.
- Pré-fabricadas específicas: voltadas para corrigir problemas comuns, como pés planos.
- Ortopédicas personalizadas: feitas sob medida, a partir de um molde do pé, levando em conta características únicas de cada paciente.
O ortopedista reforça que apenas uma avaliação profissional pode indicar o tipo mais adequado e, se necessário, encaminhar o paciente a um especialista em confecção de palmilhas. Afinal, utilizar um modelo sem indicação não trará benefícios ao paciente.
Outras formas de prevenção
O uso de palmilhas não deve ser visto como a única solução. De acordo com o especialista, a prevenção da canelite exige, na verdade, um conjunto de medidas, que inclui:
- Aumentar a intensidade dos treinos gradualmente em, no máximo, 10% por semana;
- Trocar os calçados regularmente e escolher modelos adequados para a atividade;
- Fortalecer e alongar coxas, panturrilhas, tornozelos e pés;
- Garantir repouso adequado e controlar o peso corporal;
- Variar as superfícies de treino para reduzir o impacto repetitivo;
- Avaliar a técnica de corrida, especialmente para corredores frequentes.
Embora qualquer pessoa possa sofrer com a canelite, incorporar esses hábitos no dia a dia é um bom caminho para tentar prevenir as dores dessa condição.
Quando procurar atendimento médico
A dor na canela deve ser avaliada especificamente por um ortopedista, caso não melhore com repouso e cuidados básicos em uma ou duas semanas, ou piore com o tempo, limitando até simples atividades diárias.
Além disso, há outros sinais de alerta que podem ser observados, como:
- Inchaço, vermelhidão ou calor local;
- Formigamento, dormência ou fraqueza no pé;
- Dor muito localizada que piora ao toque, sugerindo fratura por estresse.
Se notar um ou mais desses sintomas, a orientação é buscar essa especialidade médica para obter um diagnóstico correto e iniciar o tratamento adequado o mais rápido possível.
Tratamento e recuperação
Luiz Holanda lembra que o tratamento é, na maioria das vezes, conservador, ou seja, com repouso, gelo, fisioterapia para fortalecimento e alongamento e também com uso de palmilhas, quando indicado. “Ouça seu corpo e não insista em treinar com dor”, frisa.
A cirurgia, por sua vez, só é indicada em casos extremamente raros. “O acompanhamento médico e fisioterapêutico é fundamental para uma recuperação eficaz e para evitar que a canelite se torne um problema crônico”, finaliza o especialista.
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