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Como as doenças sistêmicas afetam os pés?
Cuidado Diário

Como as doenças sistêmicas afetam os pés?

Diabetes Mellitus Provoca alterações vasculares e neurológicas que reduzem a sensibilidade e a circulação; Pequenas lesões podem evoluir para úlceras graves, infecções e até risco de amputação; O pé diabético é um dos maiores desafios da saúde pública e reforça a importância da podologia preventiva. Hipertensão Arterial e Doenças Circulatórias Afetam diretamente a irrigação sanguínea dos membros inferiores; Podem gerar inchaço, dificuldade de cicatrização e maior predisposição a infecções. Doenças Reumatológicas (artrite, gota, lúpus, artrose) Alteram a estrutura articular e óssea, provocando dor, deformidades e dificuldade de marcha; Muitas vezes resultam em calosidades e alterações ungueais secundárias. Problemas Neurológicos Doenças como neuropatias periféricas reduzem a sensibilidade tátil e dolorosa; Isso aumenta o risco de lesões não percebidas pelo paciente. O papel da podologia no cuidado desses pacientes A podologia é peça-chave na atenção primária à saúde dos pés em pessoas com doenças sistêmicas. O trabalho preventivo reduz complicações e melhora a qualidade de vida. Entre as principais ações estão: Avaliação regular da pele, unhas e sensibilidade; Tratamento de alterações como calos, unhas encravadas ou micoses de forma segura; Orientação sobre higiene, hidratação e escolha adequada de calçados; Encaminhamento interdisciplinar quando necessário, em parceria com médicos e outros profissionais de saúde.   Os pés não podem ser vistos apenas como estruturas de sustentação. Os pés são indicadores importantes do estado geral de saúde. Muitas doenças sistêmicas se manifestam inicialmente nos membros inferiores e, quando não tratadas adequadamente, podem evoluir para complicações sérias. Por isso, a atuação do podólogo é fundamental. Com um olhar clínico atento e preventivo, o profissional contribui para a detecção precoce de alterações, promove bem-estar e ajuda a preservar a mobilidade e a autonomia dos pacientes.

Palmilhas ajudam a prevenir canelite? Saiba como funcionam
Canelite

Palmilhas ajudam a prevenir canelite? Saiba como funcionam

A canelite, também conhecida no meio médico como síndrome do estresse tibial medial, é uma dor que aparece na parte frontal ou interna da canela. O problema surge quando os ossos, músculos e tendões desta região são sobrecarregados de forma repetitiva, especialmente durante atividades físicas. Palmilhas podem ser opções para ajudar no problema. A canelite pode ser causada por fatores como aumento rápido na intensidade dos treinos, calçados inadequados ou impacto constante em superfícies muito duras. “O quadro é um alerta do corpo sobre excesso de demanda. É importante não ignorar esse sinal para evitar complicações mais graves”, destaca o ortopedista Luiz Holanda, membro da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia – Regional Ceará (SBOT-CE), e especialista da Associação Brasileira de Medicina e Cirurgia do Tornozelo e Pé (ABTPé). Quem tem mais riscos Embora qualquer pessoa possa desenvolver a condição, alguns grupos têm maior predisposição à canelite. O médico Luiz Holanda observa que isso acontece porque certos esportes ou rotinas exigem mais das pernas e aumentam o impacto sobre a canela. Alguns grupos mais afetados são: Corredores, principalmente iniciantes ou aqueles que aumentam o volume de treino rapidamente; Militares, devido ao ritmo intenso de atividades; Dançarinos e praticantes de esportes com saltos frequentes, como basquete e vôlei. Sendo assim, indivíduos com sobrecarga repetitiva podem experimentar a dor, especialmente quando há distribuição inadequada de forças durante os movimentos. Palmilhas atuam na prevenção As palmilhas são ferramentas que ajudam a melhorar a distribuição da carga e a adaptação da pisada, tornando os movimentos mais equilibrados. Também oferecem amortecimento adicional, diminuindo o impacto nas articulações. “Mas nem todos os pacientes com canelite precisam usar palmilhas. A indicação é mais precisa para pessoas com alterações nos pés, como pés planos ou cavos, que contribuem para o surgimento da dor”, explica Luiz. É importante saber que existem diversos modelos de palmilhas no mercado. Justamente por isso, a escolha depende do grau da alteração nos pés e deve ser feita sempre com orientação médica. As mais utilizadas são: Genéricas ou pré-moldadas: encontradas em lojas, oferecem alívio leve e conforto básico. Pré-fabricadas específicas: voltadas para corrigir problemas comuns, como pés planos. Ortopédicas personalizadas: feitas sob medida, a partir de um molde do pé, levando em conta características únicas de cada paciente. O ortopedista reforça que apenas uma avaliação profissional pode indicar o tipo mais adequado e, se necessário, encaminhar o paciente a um especialista em confecção de palmilhas. Afinal, utilizar um modelo sem indicação não trará benefícios ao paciente. Outras formas de prevenção O uso de palmilhas não deve ser visto como a única solução. De acordo com o especialista, a prevenção da canelite exige, na verdade, um conjunto de medidas, que inclui: Aumentar a intensidade dos treinos gradualmente em, no máximo, 10% por semana; Trocar os calçados regularmente e escolher modelos adequados para a atividade; Fortalecer e alongar coxas, panturrilhas, tornozelos e pés; Garantir repouso adequado e controlar o peso corporal; Variar as superfícies de treino para reduzir o impacto repetitivo; Avaliar a técnica de corrida, especialmente para corredores frequentes. Embora qualquer pessoa possa sofrer com a canelite, incorporar esses hábitos no dia a dia é um bom caminho para tentar prevenir as dores dessa condição. Quando procurar atendimento médico A dor na canela deve ser avaliada especificamente por um ortopedista, caso não melhore com repouso e cuidados básicos em uma ou duas semanas, ou piore com o tempo, limitando até simples atividades diárias. Além disso, há outros sinais de alerta que podem ser observados, como: Inchaço, vermelhidão ou calor local; Formigamento, dormência ou fraqueza no pé; Dor muito localizada que piora ao toque, sugerindo fratura por estresse. Se notar um ou mais desses sintomas, a orientação é buscar essa especialidade médica para obter um diagnóstico correto e iniciar o tratamento adequado o mais rápido possível. Tratamento e recuperação Luiz Holanda lembra que o tratamento é, na maioria das vezes, conservador, ou seja, com repouso, gelo, fisioterapia para fortalecimento e alongamento e também com uso de palmilhas, quando indicado. “Ouça seu corpo e não insista em treinar com dor”, frisa. A cirurgia, por sua vez, só é indicada em casos extremamente raros. “O acompanhamento médico e fisioterapêutico é fundamental para uma recuperação eficaz e para evitar que a canelite se torne um problema crônico”, finaliza o especialista.

Hidratação intensiva para recuperar pés ressecados no verão
Hidratação e Emolientes

Hidratação intensiva para recuperar pés ressecados no verão

Sol forte, areia da praia e cloro da piscina são a combinação perfeita para um verão divertido, mas desafiador para a pele dos pés. Juntos, esses fatores aumentam o risco de ressecamento intenso, deixando os calcanhares ásperos, esbranquiçados e até rachados. Além de prejudicar a aparência, podem causar dor e facilitar infecções. De acordo com a cosmetóloga Vitória Contini, professora de Cosmetologia Clínica na FMU, cada agente age de maneira diferente: o sol provoca perda acelerada da hidratação natural da pele, a areia funciona como um abrasivo que desgasta a camada protetora e a água da piscina, por conter cloro, compromete ainda mais a barreira cutânea. Já a podóloga Grace Kelly Barreto complementa que, se o ressecamento evoluir, acaba deixando a pele vulnerável. “As fissuras profundas machucam, sangram e até infeccionam. Nesse ponto, não é apenas uma questão estética, mas sim de saúde.” Ingredientes que fazem a diferença Os melhores produtos para pés ressecados têm fórmulas mais potentes, pensadas para uma pele mais espessa, como a do calcanhar. Entre os ativos recomendados pela cosmetóloga Vitória estão: Ureia (5% a 20%), com ação umectante e queratolítica suave; Glicerina e propilenoglicol, que atraem água para a pele; Manteigas vegetais como karité, cupuaçu e cacau, com efeitos emolientes e restauradores; Óleos vegetais como jojoba, amêndoas, semente de uva e coco, que repõem lipídios; Pantenol e alantoína, com ação calmante e cicatrizante; Ceramidas, que reforçam a barreira cutânea. Nesse sentido, a profissional lembra que os cremes corporais comuns costumam ter concentrações menores desses ativos e são mais leves, voltados para manutenção. Já os específicos para pés possuem texturas densas e maior liberação prolongada, capazes de promover reparação intensa. Além da hidratação tópica, beber bastante água durante o dia também faz parte do processo, pois a ingestão adequada de líquidos melhora a hidratação da pele. Frequência e rotina ideais O mais recomendado é aplicar o creme duas vezes ao dia, pela manhã e à noite. No período noturno, a especialista recomenda usar meias de algodão após a aplicação para potencializar o efeito do creme. Esse cuidado evita que o produto seja removido durante o sono e garante maior penetração dos ativos. Grace reforça que a regularidade é essencial para bons resultados. “Não adianta hidratar um dia e esquecer na semana seguinte. O efeito é cumulativo e só funciona se feito todos os dias”, orienta. Esfoliação é aliada ou vilã? Vitória Contini indica a esfoliação semanal como complemento para remover células mortas e aumentar a eficácia do hidratante. Para isso, recomenda esfoliantes químicos suaves, como ureia 20% ou ácido láctico em baixa concentração, ou mecânicos (que têm partículas) delicados. O melhor é evitar produtos muito agressivos, que podem machucar a pele. É comum pensar na famosa lixa de pés nesse momento. Mas a podóloga Grace Kelly Barreto já deixa o alerta: é errado exagerar no lixamento ou raspagem. “Quando a pele entende que está sendo agredida, reage formando mais calos ainda”, adverte. Tratamentos profissionais A hidratação intensiva também pode ser feita no consultório. Ao visitar um podólogo, por exemplo, o profissional poderá realizar: Limpeza completa; Retirada do excesso de pele morta; Hidratação profunda; Aplicação de curativos, se necessário. Vitória ainda acrescenta que ressecamentos crônicos merecem avaliação médica, pois podem estar relacionados a diabetes, dermatite atópica e psoríase. O diagnóstico correto garante que o tratamento seja mais eficaz e seguro. Por último, as profissionais reforçam que cuidados extras no dia a dia podem ajudar bastante. Assim, evite andar descalço, seque bem os pés, aplique protetor solar quando estiver exposto ao sol e faça um revezamento entre os calçados. Antes de qualquer tratamento, procure um profissional qualificado para avaliar o caso e indicar a melhor conduta.

A culpa é do salto? Veja motivos para o pé cavo em mulheres
Pé Cavo

A culpa é do salto? Veja motivos para o pé cavo em mulheres

O pé cavo é uma condição caracterizada pelo aumento do arco na sola do pé, que reduz a área de contato com o chão. Essa alteração pode ser leve e apenas uma variação anatômica ou estar associada a doenças neurológicas. Em ambos os casos, a atenção aos sintomas e aos cuidados diários é fundamental para evitar dor e complicações. Será que o salto usado por mulheres têm influência nisso? O diagnóstico para pé cavo é feito, principalmente, por exame clínico, complementado por radiografias. Quando necessário, são aplicados exames específicos, como a baropodometria, e feitas investigações neurológicas. “Essas avaliações ajudam a identificar se o caso é apenas uma variação anatômica ou se tem origem patológica, o que influencia diretamente no tratamento”, observa o ortopedista Ernane Bruno Osório, membro da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia do Ceará (SBOT-CE). Conforme ele explica, o aumento do arco deixa a pisada diferente, com menor contato do pé com o chão. “Dependendo da causa e do grau, pode trazer desconfortos e dores, além de exigir uma análise cuidadosa para definir o cuidado mais adequado”, esclarece ele, especialista em Cirurgia e Medicina de Pé e Tornozelo. A causa precisa ser descoberta As principais causas do pé cavo estão relacionadas a fatores neurológicos. A mais comum é a doença de Charcot-Marie-Tooth, que provoca desequilíbrio muscular, enfraquecendo alguns músculos. Esse descompasso resulta no aumento do arco, flexão dos metatarsos e inclinação do calcanhar para dentro, ou seja, o pé cavo varo. Ainda de acordo com o médico, outras causas incluem a poliomielite – hoje menos frequente graças à vacinação – e o pé cavo sutil, uma variação mais leve da anatomia, que não tem origem patológica. É fundamental identificar a causa para poder desenhar o tratamento, já que são distintos. Impacto do salto alto Antes de culpar o salto, Ernane Bruno Osório lembra que a prevalência da condição entre homens e mulheres é a mesma. Logo, usar calçados elevados não vai aumentar o arco do pé, mas pode, certamente, piorar sintomas de quem já convive com a doença. Isso acontece porque, na anatomia do pé cavo, os metatarsos ficam naturalmente mais inclinados para baixo, concentrando pressão na parte frontal do pé. “Quando a paciente usa salto, essa sobrecarga aumenta ainda mais, causando dor intensa, calosidades e até feridas espessas, chamadas de hiperqueratoses”, esclarece. Além disso, o calcanhar inclinado para dentro favorece uma pisada supinada (externa), aumentando a propensão a entorses de tornozelo, por exemplo. Outro ponto de atenção são os dedos em garra, deformidade comum em casos mais graves. O uso repetitivo de saltos, principalmente os de bico fino, pode piorar essa condição, pois comprime ainda mais os dedos e intensifica a dor. Tipos de salto que mais prejudicam Certo modelos de saltos podem ser piores que outros. Nesse contexto, os altos e finos são tidos como os mais prejudiciais, com maior sobrecarga. Já a anabela, com seu solado rígido e com diferenças de tamanho, pode causar menos problemas e, dependendo da doença, até ser indicada. “Os calçados estreitos na parte frontal são os que mais devem ser evitados, pois comprimem os dedos e pioram as deformidades”, alerta o especialista. Sintomas que merecem atenção O pé cavo pode ser assintomático, mas quando começa a causar problemas, alguns sinais se tornam frequentes, como: Dor na região frontal do pé, chamada metatarsalgia; Calosidades na sola, principalmente na parte da frente; Entorses recorrentes por conta da pisada supinada; Dor ou lesões nos tendões fibulares, na lateral do tornozelo. Em casos mais graves, pode ocorrer tendinopatia, que é um desgaste dos tendões. O médico alerta ainda que entorses repetidas podem levar à instabilidade do tornozelo e exigir, em algumas situações, cirurgia corretiva, tanto do tornozelo quanto do próprio pé cavo. Cuidados e tratamento Para mulheres que apresentam sintomas, o primeiro passo é procurar um ortopedista especializado em pé e tornozelo. Em casos neurológicos, o tratamento deve ser multidisciplinar, com acompanhamento também de um neurologista. Entre os cuidados gerais estão: Evitar saltos altos e sapatos apertados; Fortalecer a musculatura dos pés; Alongar a musculatura posterior da perna; Dar preferência a tênis adequados. O ortopedista acrescenta que o uso de palmilhas pode ajudar, não para corrigir o formato do pé, mas para acomodá-lo melhor dentro do calçado e distribuir o peso de forma mais equilibrada. A ajuda médica deve acontecer em casos de dor intensa, calosidades que não melhoram, deformidade visível nos dedos ou entorses frequentes. "É essencial diferenciar se estamos diante de um pé cavo patológico ou apenas de uma variação anatômica leve. O acompanhamento médico garante o diagnóstico correto e a definição dos melhores cuidados”, finaliza Ernane Bruno Osório.

Como cuidar dos pés antes e depois da caminhada
Caminhada

Como cuidar dos pés antes e depois da caminhada

Caminhar é uma atividade simples, acessível e cheia de benefícios para a saúde. No entanto, os pés, ou seja, a base desse movimento, precisam de cuidados especiais antes, durante e depois da prática para evitar dores, bolhas e até lesões. Pequenos ajustes na rotina podem fazer toda a diferença na performance e na prevenção de problemas futuros. Para o professor de Educação Física Cesar Miguel Momesso, do Centro Universitário FMU, a preparação começa antes mesmo de sair de casa. Ele explica que um bom tênis, meias próprias e unhas bem cuidadas são fundamentais para proteger os pés e garantir conforto durante a caminhada. O calçado, por exemplo, deve respeitar o formato do pé, com leve folga na ponta para impedir a pressão. “Evitar atrito é essencial. Calçado muito apertado ou largo demais pode causar bolhas e desconforto. A meia também precisa ser adequada para não acumular suor e aumentar o risco de lesões. E deve-se manter as unhas curtas, algo essencial para não descolarem com o impacto”, detalha o profissional. A escolha do calçado certo O tênis não precisa ter amortecimento robusto, mas deve, ao menos, proporcionar estabilidade e conforto ao corredor. Cesar Miguel Momesso observa que, quanto maior for a duração da caminhada, mais interessante se torna ter um sistema de amortecimento eficiente para reduzir o impacto e evitar dores não só nos pés, mas nas articulações. Ele recomenda sempre experimentar o calçado antes da compra e observar se não há pontos de pressão que possam machucar durante o trajeto. Além disso, pessoas com curvatura acentuada ou pés muito planos podem se beneficiar do uso de palmilhas ortopédicas, que melhoram o encaixe e a distribuição do peso. Atenção aos sinais na caminhada A caminhada deve ser uma atividade prazerosa e sem dor. Se houver desconforto, algo pode não estar bem. Preste atenção a sintomas como formigamento ou dormência, normalmente relacionados a tênis amarrado com força excessiva ou meias enroladas. Caso perceba esses sinais, a recomendação do professor é ajustar o calçado e só retomar a atividade se o desconforto passar. Persistindo a dor, interrompa o exercício completamente e, se necessário, procure avaliação médica. Cuidados após a prática Depois de caminhar, a higienização é essencial. Isso significa lavar e secar bem os pés, especialmente entre os dedos, para evitar micoses. O especialista também recomenda exercícios de relaxamento, como rolar a sola do pé sobre uma bolinha de tênis, o que é ótimo para aliviar a tensão da fáscia plantar e melhorar a circulação. Outra dica é elevar os pés por alguns minutos para reduzir inchaço e fadiga. “Pequenos cuidados no pós-atividade aceleram a recuperação e preparam os pés para a próxima caminhada”, reforça o educador físico. Além do tênis, alguns outros produtos podem prevenir bolhas, calos e desconfortos. Entre eles estão pomadas, géis e fitas de micropore, que reduzem a fricção. Para quem transpira muito, meias que absorvem a umidade são boas aliadas. Rotina de quem pratica A advogada Giovanna do Vale, de 28 anos, encontrou na corrida e na caminhada uma forma de cuidar do corpo e da mente. Ela começou por influência do pai, que sempre foi corredor. “No início, eu só o acompanhava por diversão. Depois percebi como me fazia bem, principalmente para aliviar o estresse do trabalho”, conta. Antes de treinar, Giovanna segue uma rotina simples: hidratar os pés com creme leve, usar meias sem costura e alongar a panturrilha e a sola do pé. Durante a atividade, ela fica atenta a qualquer desconforto. “Se o tênis aperta, eu paro e o ajusto na hora. Também evito terrenos muito irregulares, porque forçam demais os pés.” Depois de correr ou caminhar, ela tira o tênis rapidamente, lava os pés com água morna, seca bem e aplica um creme mais denso. “É um cuidado que parece básico, mas faz muita diferença no dia seguinte. Sem pés saudáveis, a gente não chega a lugar nenhum”, brinca.

Podologia é regulamentada por lei e tem papel fundamental na saúde
Podologia e Podólogos

Podologia é regulamentada por lei e tem papel fundamental na saúde

A podologia no Brasil é uma profissão regulamentada desde 2018, com critérios claros de formação e atuação definidos por lei federal. Isso porque a aprovação do projeto de lei PLC 151/2015 deu à atividade o reconhecimento como área da saúde, com respaldo legal e inclusão no Ministério do Trabalho, por meio de um código próprio na Classificação Brasileira de Ocupações (CBO). Na opinião da podóloga Valéria Lemos, enfermeira especializada em podiatria, essa mudança trouxe, sobretudo, dignidade profissional. “Veio uma compreensão maior da sociedade de que podologia não é ‘serviço de salão’, e sim uma área de saúde com profissionais formados”, afirma. Profissional reconhecido Para Valéria Lemos, a regulamentação impulsionou avanços na prática clínica e na valorização do podólogo como parte da equipe multidisciplinar de cuidado. “Hoje, vemos cada vez mais clínicas de podologia estruturadas, muitas vezes dentro de hospitais ou com parcerias com dermatologistas e endocrinologistas”, cita. Ela explica ainda que o trabalho do podólogo atua na prevenção e manutenção da saúde dos pés, enquanto o podiatra com formação em enfermagem clínica é acionado em quadros mais complexos. Ambos trabalham de forma complementar para evitar complicações que podem comprometer a saúde geral do paciente. O que o podólogo pode ou não fazer As competências do podólogo são bem definidas e envolvem o cuidado podal conservador. Entre as práticas autorizadas estão: Corte e lixamento correto de unhas; Remoção de calos; Tratamento de micose e unhas espessas; Assepsia de pequenas fissuras; Tratamento de verrugas plantares; Reflexologia podal; Confecção de órteses de silicone. Além do mais, o profissional pode avaliar alterações dermatológicas e orientar o uso de calçados e cuidados com a pele. Mas há limites: o podólogo não realiza procedimentos invasivos profundos, nem aplica anestesia injetável ou prescreve medicamentos como antibióticos e anti-inflamatórios. Quem pode exercer a profissão Desde a regulamentação, só podem atuar como podólogos os profissionais que tenham completado curso técnico ou superior na área. “O importante é que hoje o paciente pode (e deve) saber se seu podólogo tem certificação”, pontua a enfermeira. Essa formação formal inclui conteúdos como higiene, biossegurança e uso correto de instrumentos – como bisturis, alicates, curetas e lixas –, sempre seguindo protocolos de esterilização. A fiscalização é feita por órgãos como a Vigilância Sanitária e entidades trabalhistas e de defesa do consumidor. Valéria ressalta que esse rigor ajuda a afastar a ideia de que a experiência como pedicure seria suficiente para tal atendimento. “Não são funções que se aprendem apenas na prática do dia a dia, mas sim profissões da área da saúde com formação definida”, defende. Avanços e representatividade Embora a profissão já esteja regulamentada, não existe um Conselho Federal específico de Podologia. Atualmente, a categoria conta com sindicatos e associações estaduais, como a Associação Brasileira de Podólogos (ABP), que atua desde a década de 1960 na organização da classe e na defesa da categoria. A especialista lembra que o desconhecimento sobre a atuação do podólogo ainda é um obstáculo. “Há quem pense que podólogo é médico e esse pensamento surge o tempo todo, o que pode gerar riscos. Por exemplo, alguém com infecção grave insiste em tratar só com podólogo, quando seria necessário um antibiótico que só o médico pode prescrever”, finaliza.

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