
O bicho-de-pé, também chamado de tungíase, é uma infestação de pele provocada pela pulga Tunga penetrans. Minúscula, ela mede cerca de 1 mm e penetra na pele humana, onde se instala – e geralmente, isso ocorre nos pés. Essa presença causa coceira intensa, dor e dificuldade ao caminhar, podendo trazer complicações se não for tratada corretamente.
A dermatologista Ana Maria Benvegnú esclarece que a infestação acontece quando a pessoa entra em contato direto com a pulga, encontrada em solos quentes, secos e arenosos, além de chiqueiros, currais e até praias frequentadas por animais.
“A tungíase, ou bicho-de-pé, é uma infestação que acontece quando a pessoa anda descalça em locais potencialmente contaminados, principalmente na zona rural. Por isso, os pés são os mais afetados”, diz a especialista.
Sintomas e sinais de alerta
A presença do bicho-de-pé costuma causar coceira e desconforto ao caminhar, mas os sintomas podem variar conforme a evolução da infestação. Entre os sinais mais comuns estão:
- Lesão nodular na pele, com ponto central escuro e halo claro ao redor;
- Coceira intensa, muitas vezes insuportável;
- Dor progressiva, principalmente ao caminhar;
- Inchaço e sensação de travamento;
- Presença de múltiplas lesões em casos mais graves.
A dermatologista destaca ainda que, em situações raras, a infestação pode causar infecção secundária, com vermelhidão, pus e dor significativa.
Além disso, outros problemas de pele podem se confundir com o bicho-de-pé, como miíase, verrugas virais, abscessos, corpos estranhos ou picadas de insetos, reforçando a importância do diagnóstico médico.
O que acontece se não retirar
Apesar de, em geral, não causar quadros graves, o bicho-de-pé é uma infecção e precisa de manejo adequado. A remoção incorreta ou a falta de tratamento pode levar a desdobramentos mais sérios, como:
- Infecção secundária, que pode se espalhar;
- Formação de úlceras dolorosas;
- Porta de entrada para o tétano, se a vacinação não estiver em dia;
- Gangrena em situações extremas, quando a infecção avança e compromete os tecidos.
“É importante entender que se trata de uma infecção que precisa ser removida por completo para evitar complicações”, reforça Ana Maria.
Tratamento seguro e eficaz
A dermatologista alerta que a retirada deve ser feita por um profissional de saúde, em ambiente adequado e com material estéril. Assim, o tratamento envolve:
- Remoção da pulga com pinça e instrumentos apropriados;
- Aplicação de antissépticos locais para evitar infecção;
- Avaliação da necessidade de antibióticos, se houver sinais de inflamação;
- Uso de medicamentos orais em casos de múltiplas lesões ou infestação disseminada.
Na maior parte das vezes, o procedimento é simples e resolvido muito rápido, trazendo alívio imediato dos sintomas.
Prevenção e cuidados diários
Para evitar a tungíase, é essencial adotar hábitos de proteção:
- Usar calçados fechados, como sapatos ou botas, em áreas de risco;
- Manter a higiene dos pés com sabonete ou sabão;
- Evitar andar descalço em solos arenosos, secos ou locais onde circulam animais;
- Orientar especialmente crianças e idosos, que são mais vulneráveis à infestação.
“O bicho-de-pé é uma doença negligenciada. Em 2025, a Organização Mundial da Saúde lançou novas diretrizes técnicas para conter essa infestação e reduzir complicações, reforçando a importância do uso de calçados, principalmente entre os mais novos e os mais velhos”, finaliza a especialista.
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Você retira a cutícula das unhas dos pés? Entenda os riscos
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Tesoura, alicate ou cortador: com qual cortar as unhas?
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