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Pé torto congênito: o que há por trás do problema com bebês
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Pé torto congênito: o que há por trás do problema com bebês

Equipe Tenys Pé
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Entre as principais malformações ortopédicas que acometem recém-nascidos, o pé torto congênito chama atenção por sua frequência e impacto funcional. A condição pode ser identificada logo nos primeiros minutos de vida e, embora não cause dor imediata, interfere diretamente na mobilidade da criança se não for tratada precocemente.

Conforme explica o ortopedista Guilherme Henrique Porceban, o pé torto congênito é uma deformidade visível que faz com que o pé do bebê fique virado para dentro ou para baixo. “O calcanhar não aponta para o chão e os dedos não se voltam para cima, como em um pé em condição normal. Isso pode afetar um ou os dois pés e, quando não corrigido, compromete o desenvolvimento motor da criança”, explica.

O diagnóstico costuma ser feito ainda na maternidade, com base na observação clínica de pediatras ou ortopedistas. Em alguns casos, o problema pode ser identificado por meio de ultrassons durante a gestação, mas a confirmação definitiva ocorre mesmo após o nascimento do bebê.

Possíveis causas

A origem da condição ainda não é completamente conhecida, mas envolve uma combinação de fatores. Entre os principais, estão:

  • Posição do bebê no útero;
  • Falta de espaço durante a gestação;
  • Predisposição genética – quando há histórico familiar, o risco de reincidência aumenta;
  • Casos isolados, sem causa específica clara, também são comuns.

Tratamento: quanto antes, melhor

As medidas terapêuticas devem começar o mais cedo possível, de preferência nas primeiras semanas de vida. Quanto mais prematuro for o início, melhores são os resultados. Isso porque os tecidos dos bebês são mais flexíveis, o que facilita a correção.

De acordo com o médico, o método mais utilizado atualmente é o de Ponseti, uma abordagem não cirúrgica que consiste em:

  • Manipulações suaves do pé;
  • Trocas semanais de gesso para reposicionar a estrutura;
  • Uso de órteses para manter o alinhamento obtido.

Em casos mais severos ou resistentes, pode ser necessária cirurgia para ajustar tendões, ossos ou ligamentos. O objetivo é sempre restaurar a forma e a funcionalidade do pé.

Risco de recidiva

Para o método de Ponseti, o tempo total de tratamento varia conforme a gravidade da deformidade. Em média:

  • A fase de gessos dura de 4 a 8 semanas;
  • O uso de órteses pode se estender até os 4 ou 5 anos de idade, especialmente durante o dormir;
  • A maior parte da correção ocorre nos primeiros meses de vida.

Contudo, é importante alertar que, mesmo após a correção, há risco de recidiva, sobretudo se as órteses forem abandonadas antes do tempo indicado. A fisioterapia pode ser uma ótima aliada, fortalecendo os músculos e mantendo a mobilidade. Além disso, a disciplina dos pais no acompanhamento faz toda a diferença”, acrescenta o ortopedista.

Vida normal após o tratamento

Com o tratamento adequado, a criança pode levar uma vida ativa e sem restrições, o que inclui brincar, correr e praticar esportes como qualquer outra criança. Nesse sentido, Guilherme Henrique esclarece que “o pé corrigido funciona normalmente e, na maioria dos casos, não há dor nem limitação”.

O especialista reforça que o pé torto congênito é uma condição com alto índice de sucesso quando tratada corretamente e o mais cedo possível. “O método de Ponseti revolucionou o tratamento, tornando o processo mais simples e acessível. Antes, os casos mais graves exigiam cirurgias complexas”, lembra.

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